




Parabéns!
A vaca do Jarmelo, foi declarada, finalmente, uma raça autóctone (ou seja, senhora de um património genético protegido). Finalmente, repito! Emancipou-se o raio da vaca!Valeu a pena a luta, considerada utópica e delirante, do Agostinho da Silva e do Isidro Almeida. Mas também de todos aqueles que apadrinharam a vaca. A fantástica Vaca do Jarmelo.
Aos dois activistas mais conhecidos, que fizeram das tripas coração em defesa da vaquinha querida, juntaram-se várias pessoas que, cada uma à sua maneira, divulgaram a causa! Sim, a causa da vaca jarmelista (a que eu chamo, por graça e por ser um hereje, jarmelista descalça). Estamos todos, pois, de parabéns!
A Certificação:
Finalmente, a Direcção Geral de Veterinária certificou a vaca de Jarmelo como tendo identidade própria. Durante bastante tempo discutiu-se se se tratava de uma subespécie da raça mirandesa ou de uma espécie autóctone e regional. Conhecem-se 30 exemplares vivos, correndo o risco de extinção. Espera-se, com a certificação e protecção, que até 2013 se chegue aos 300 exemplares. Espera-se, com esta intervenção, a defesa da biodiversidade e a continuação desta espécie na Beira Interior.
Reconhecimento:
No dia 27 de Abril de 2006, a Assembleia Municipal da Guarda declarou a Raça Bovina Jarmelista como de Interesse Municipal. Mais recentemente, após conclusão dos estudos e investigações iniciadas em 2004 pela Direcção Geral de Veterinária, em colaboração com a Associação de Criadores de Ruminantes do Concelho da Guarda, foi finalmente, em 27 de Outubro de 2007, reconhecida a Raça Bovina Jarmelista como Raça Autóctone Portuguesa.